Lotéricas no Ceará são alvos da PF por clonagem de cartões de beneficiados do auxílio emergencial

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Lotéricas no Ceará são alvos da PF por clonagem de cartões de beneficiados do auxílio emergencial
Foto: divulgação 


Uma operação da Polícia Federal contra fraudes nos saques do Auxílio Emergencial cumpre mandados de busca e busca e apreensão em Morrinhos, Russas e Quixeré, municípios do interior do Ceará, nesta quarta-feira (10). Nestas cidades, casas lotéricas clonavam dados de beneficiados com o valor de R$ 600.

Em uma outra operação, também realizada nesta quarta, a Polícia Civil cumpriu seis mandados de prisão contra foragidos da Justiça que receberam o benefício. 

A operação da PF, nomeada de 'Covideiros', é realizada com o apoio da Caixa Econômica Federal e investiga uma associação criminosa com atuação no Ceará e em São Paulo, que realizou saques indevidos do benefício de R$ 600,00, utilizando dados de reais beneficiários. O Auxílio Emergencial é um benefício do Governo Federal a trabalhadores informais, autonômos e desempregados durante o período de enfrentamento à crise causada pela pandemia do novo coronavírus.

Foram expedidos oito mandados de busca e apreensão, um em Morrinho, um em Quixeré, um em Russas e os outros em São Paulo. Também foram expedidos dois mandados de prisão temporária, todos em São Paulo.

Os investigados devem responder por furto qualificado e associação criminosa, com pena de até 11 anos de prisão. Nenhum suspeito foi identificado. 

Conforme a PF, a associação criminosa clonava dados de cidadãos beneficiários do Auxílio Emergencial nas casas lotéricas das cidades cearenses. Em São Paulo, eram emitidos cartões com os dados clonados e as senhas eram então recadastradas em casas lotéricas da zona leste paulista. Os suspeitos, de posse de vários cartões clonados, depois iam até o autoatendimento das agências e realizavam os saques do benefício.

Para o recadastramento das senhas, funcionários das lotéricas participam da associação criminosa. Depois de coptados pela organização, os funcionários recebiam instruções remotamente e ganhavam parte do lucro gerado com as fraudes. 

A operação contou com mais de 40 policiais federais, além de 40 policias militares e 14 empregados da Caixa. Os mandados foram expedidos pela 4° Vara criminal da Jutiça Federal de São Paulo.

Fonte: Diário do Nordeste 

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