Padre Robson pode ter usado irmã como “laranja” em negociações de 24 imóveis

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Vaticano sabia das denúncias contra padre Robson e aguardava investigação  para se posicionar, diz delegado | Goiás | G1

Foto: Afipe/ divulgação

Irmã do padre Robson de Oliveira - suspeito de desviar R$ 120 milhões de doações de fiéis à Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe) -, Adrianne de Oliveira Pereira é investigada como possível “laranja” do irmão. Segundo o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), ela mora em um imóvel de luxo que pertence à Afipe e aparece nas apurações como participante de 24 operações imobiliárias.


O G1 não conseguiu identificar quem é responsável pela defesa de Adrianne para pedir um posicionamento sobre o caso até a publicação desta reportagem. A defesa do irmão dela - padre Robson - disse que não a representa e não soube informar quem atua na defesa dela.


Padre Robson sempre negou que tenha desviado dinheiro de fiéis doados à Afipe. Ele criou essa e outras entidades com nomes similares a partir de 2004, com o objetivo de proporcionar auxílio na vivência da fé e propagar a devoção ao Divino Pai Eterno.


O religioso era responsável pela administração do Santuário Basílica de Trindade, um dos maiores do Brasil, mas se afastou das funções temporariamente para colaborar com o MP-GO.


De acordo com o MP, Adrianne mora em uma casa no Condomínio do Lago, em Goiânia. O local fica na Rodovia dos Romeiros, que liga a capital a Trindade. Segundo o órgão, o imóvel está no nome da Afipe.

Ainda de acordo com as investigações, ela não teria condições financeiras suficientes para participar de compras e vendas de 24 imóveis, mas aparece como uma das partes nessas operações investigadas. Valores, endereços e outros detalhes desses imóveis não foram divulgados.


Investigações


Após padre Robson ser vítima de extorsão, em que criminosos ameaçavam divulgar dados de supostos relacionamentos amorosos do pároco, o Ministério Público começou a investigar suspeitas de desvios de dinheiro da Afipe. À época da extorsão, o sacerdote teria usado R$ 2 milhões da associação para pagar os autores da extorsão e evitar a divulgação do material.


Nas investigações, o MP-GO encontrou evidências de centenas de compras e vendas de imóveis em nome da Afipe em que a entidade parece ter sido prejudicada financeiramente.


Também há nos relatos da investigação várias empresas cujos sócios eram quase sempre os mesmos, quase sempre usando o mesmo contador. As vendas dos imóveis e outras transações financeiras aconteciam entre essas companhias e a Afipe.

Fonte: G1 Goiás

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