Praia de Jericoacoara liberada recentemente para receber visitantes - Foto: Cleison Silva |
Sol, areia, água de coco e selfies para as redes sociais: o fim de semana foi agitado em diversas praias do litoral cearense, mesmo com o Estado alcançando 8.133 mil vidas perdidas e 197 mil casos confirmados da Covid-19, segundo a plataforma IntegraSUS, da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa).
Embora normas sanitárias recomendem o distanciamento social e a obrigatoriedade do uso de máscaras, o cenário percebido foi de desrespeito às regras tanto na faixa de areia quanto em estabelecimentos comerciais. A reportagem do Sistema Verdes Mares percorreu três barracas na praia do Cumbuco, em Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza, na tarde deste domingo (16).
Em todas elas, foram flagradas aglomerações de clientes, a maioria jovens; o não uso de máscaras – agora obrigatório, conforme uma nova lei estadual, que prevê multa de até R$ 1 mil por descumprimento –; e a falta de distanciamento entre mesas de atendimento nesse locais.
Em um dos estabelecimentos, a Kitecabana Lounge, a aglomeração era motivada pelo show de uma banda, divulgado inclusive em redes sociais. O mesmo local foi o único em que havia, logo à entrada, uma placa de orientações sobre o distanciamento e um totem de álcool em gel. Além de máscara, os funcionários utilizavam face shields de acrílico.
Praia de Cumbuco em Caucaia - Foto: Camila Lima |
Outros cenários
Mais à frente, na barraca Duro Beach, mesmo sem show musical, havia aglomeração, ausência de máscara e falta de distanciamento entre as mesas.
Procurada, a barraca ressaltou que não tem como obrigar o uso da máscara entre os clientes, mas que dispõe de placas de recomendação em todo o espaço interno; que não libera mais a entrada após lotação; que as mesas são afastadas a mais de dois metros uma da outra; e que há adesivos de espaçamento, indicando onde é possível sentar, em bancos comunitários.
Sobre as máscaras, afirmou que, “infelizmente, algumas pessoas não respeitam e reclamam que não querem ficar com marcas do sol”.
Local de maior aglomeração constatado pela reportagem, a barraca Chico do Caranguejo Cumbuco também não atendeu às ligações. Em nenhum dos locais foi avistada fiscalização de agentes da Prefeitura de Caucaia – procurada, também não deu retorno –, da Polícia Militar ou de qualquer órgão público vinculado à vigilância sanitária.
Fonte: Diário do Nordeste