A sucessão de diagnósticos na família é exaustiva e inacreditável até para quem escuta: foram 11 episódios de câncer entre o pai e os filhos. “A Anna foi a primeira, em 2009. Teve Leucemia Linfoide Aguda (LLA)”, relembra Régis, que concedeu entrevista ao Diário do Nordeste, nesta quarta-feira, 30 de novembro. Datas e nomes dos carcinomas saltam da memória à língua num segundo.
“Mas ela ficou curada, ficou bem. Tratou em São Paulo, com quimio e radioterapia, por quase 3 anos. Foi algo novíssimo, ficamos bastante assustados, com medo de perdê-la”, complementa o pai, com a boca ainda amarga pela perda recente.
Anna Carolina, médica, partiu neste novembro de 2022, a um mês de completar 26 anos, vítima de um glioma (tumor no cérebro) que tratava desde agosto de 2021.
Quando Anna se foi, já carregava consigo a saudade dos irmãos, Bia e Pedro. A mais nova, aliás, é chamada no diminutivo – sinal de carinho ou de uma memória cristalizada, sempre será “Biazinha”. Não teve tempo de crescer. Bia viveu uma década, de março de 2008 a junho de 2018, até ter a vida interrompida pela leucemia. A primeira perda de Régis.
Veio, então, o segundo câncer de Pedro, dessa vez no pulmão, diagnosticado em exames de rastreio, indispensáveis para alguém com a condição genética dele e dos irmãos. Tratou, curou. No mesmo ano, três meses após a partida de “Biazinha”, um 3º câncer atinge o garoto, curado em 2019.
Oito meses depois, o quarto e mais grave episódio da doença se instalou no cérebro de Pedro. A luta contra ele durou até 30 de novembro de 2020, quando o filho do meio de Régis, enfim, descansou, aos 22 anos de idade.
Para Régis, restavam, então, a vida, as muitas memórias que construiu nas viagens com Bia e Pedro, e o mais importante: o abraço da filha mais velha, Anna Carolina. Foi dela e da esposa que veio a força dele para lidar com o próprio segundo diagnóstico: além da leucemia, o economista tinha, agora, um linfoma não-hodgkin.
“Comecei a tratar, porque ao contrário da leucemia crônica ele é mais agressivo. Fiz vários tipos de terapia em 2021. Nesse momento, hoje, as doenças permanecem estáveis”, diz.
Apesar de tudo correr bem no tratamento, 2021 não deu trégua: trouxe consigo, em agosto, o segundo câncer de Anna. “A doença estava aparentemente controlada, mas no meio deste ano ela começou a responder menos ao tratamento. E infelizmente faleceu no dia 19 deste mês”.
“Mas ela ficou curada, ficou bem. Tratou em São Paulo, com quimio e radioterapia, por quase 3 anos. Foi algo novíssimo, ficamos bastante assustados, com medo de perdê-la”, complementa o pai, com a boca ainda amarga pela perda recente.
Anna Carolina, médica, partiu neste novembro de 2022, a um mês de completar 26 anos, vítima de um glioma (tumor no cérebro) que tratava desde agosto de 2021.
Quando Anna se foi, já carregava consigo a saudade dos irmãos, Bia e Pedro. A mais nova, aliás, é chamada no diminutivo – sinal de carinho ou de uma memória cristalizada, sempre será “Biazinha”. Não teve tempo de crescer. Bia viveu uma década, de março de 2008 a junho de 2018, até ter a vida interrompida pela leucemia. A primeira perda de Régis.
Entre 2016 e 2017, então, o cearense e a família tiveram de administrar três tratamentos ao mesmo tempo. “Minha leucemia não requer tratamento agressivo, mas o Pedro teve que tratar com cirurgia, colocação de prótese e quimioterapia. Ele ficou curado, aí a Bia foi acometida”, lista Régis.
Veio, então, o segundo câncer de Pedro, dessa vez no pulmão, diagnosticado em exames de rastreio, indispensáveis para alguém com a condição genética dele e dos irmãos. Tratou, curou. No mesmo ano, três meses após a partida de “Biazinha”, um 3º câncer atinge o garoto, curado em 2019.
Oito meses depois, o quarto e mais grave episódio da doença se instalou no cérebro de Pedro. A luta contra ele durou até 30 de novembro de 2020, quando o filho do meio de Régis, enfim, descansou, aos 22 anos de idade.
Para Régis, restavam, então, a vida, as muitas memórias que construiu nas viagens com Bia e Pedro, e o mais importante: o abraço da filha mais velha, Anna Carolina. Foi dela e da esposa que veio a força dele para lidar com o próprio segundo diagnóstico: além da leucemia, o economista tinha, agora, um linfoma não-hodgkin.
“Comecei a tratar, porque ao contrário da leucemia crônica ele é mais agressivo. Fiz vários tipos de terapia em 2021. Nesse momento, hoje, as doenças permanecem estáveis”, diz.
Apesar de tudo correr bem no tratamento, 2021 não deu trégua: trouxe consigo, em agosto, o segundo câncer de Anna. “A doença estava aparentemente controlada, mas no meio deste ano ela começou a responder menos ao tratamento. E infelizmente faleceu no dia 19 deste mês”.