Governo detecta novas ameaças e aciona STF contra novas invasões

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Governo detecta novas ameaças
Foto: Reprodução 


A Advocacia-Geral da União (AGU) entrou na noite desta terça-feira (10) com uma petição junto ao ministro Alexandre de Moraes (STF) após detectar o risco de reedição dos atos golpistas. Ainda nesta terça, em uma rede social, o ex-presidente Jair Bolsonaro compartilhou um vídeo de uma apoiadora que afirma que Lula não teria sido eleito pelo povo, mas escolhido pelo STF, o que é uma mentira — e que foi prontamente lido pelo Palácio do Planalto como estímulo a novos atos golpistas. Cerca de duas horas depois, o post foi apagado.

O ministro da AGU, Jorge Messias, afirma no documento ter tido notícias de que grupos extremistas vêm convocando para esta quarta-feira manifestações de teor golpista “com potencial de violar direitos fundamentais dos demais cidadãos, tais como a liberdade de locomoção, os direitos à propriedade, à segurança pública e ao abastecimento de itens de primeira necessidade como alimentação, combustíveis e medicamentos”.

AGU
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O ministério forneceu, ainda, uma lista dos perfis que estão fazendo a convocação.

“Vê-se que o País se encontra na iminência de entrar com grave situação, novamente, após os trágicos eventos do domingo 08/01/2023, quando o mundo, estarrecido, assistiu à tentativa de completa destruição do patrimônio material e imaterial, além de todos o simbolismo que carregam das instituições democráticas”, afirma a petição assinada por Jorge Messias.

Medidas solicitadas pela AGU

1. Que governadores sejam notificados imediatamente, determinando a estes “rechaçar toda e qualquer tentativa de bloqueio de vias urbanas ou rodovias, assim como qualquer tentativa de invasão a prédios públicos no País”.

2. “Que se restrinja, pontual e momentaneamente, diante da situação de absoluta excepcionalidade, o exercício do referido direito de manifestação (que, como bem visto no último domingo 08/01/2023, para além de abusivo, foi verdadeiramente criminoso” - neste caso, a AGU cita a greve dos caminhoneiros, em 2018, como precedente.

3. Que seja estabelecida pena de multa horária de R$ 20.000,00 para pessoas físicas e de R$ 100.000,00 para pessoas jurídicas “que auxiliarem no descumprimento da decisão, seja participando dessas manifestações, seja prestando apoio logístico e financeiro”.

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